Por Alexandre de Assis Gomes

Diante dos acontecimentos que assolam o mundo, esta carta é um apelo à consciência coletiva. A história nos ensina, mas a humanidade insiste em ignorar seus próprios erros. A Bíblia relata ciclos de destruição e redenção — e hoje, mais uma vez, vemos o mundo caminhar para o abismo.
Vivemos a Primeira Guerra Mundial. Sobrevivemos à Segunda. E agora, a Terceira grita em nosso horizonte. Nações invadem territórios, matam civis, queimam crianças. O terrorismo se fortalece, enquanto a narrativa se inverte: os que se defendem são chamados de assassinos. Democracias se aliam a regimes autoritários, e a verdade se torna refém da ideologia.
O Brasil, outrora aliado dos Estados Unidos na luta contra o nazismo, contribuiu para impedir que Hitler exterminasse ainda mais vidas inocentes — mais de seis milhões de judeus foram mortos. Hoje, porém, vemos nosso país flertar com discursos que relativizam a democracia, ignoram compromissos internacionais e colocam em xeque os valores que nos definem como nação livre.
Recentemente, líderes estrangeiros discursaram em solo brasileiro defendendo a liberação das drogas, ignorando que uma nação se constrói sobre leis — municipais, estaduais, federais e internacionais. Como podemos falar em soberania se não respeitamos os acordos que sustentam a convivência entre os povos?
A pergunta que ecoa é inevitável: em uma eventual Terceira Guerra Mundial, de que lado estará o Brasil? Estaremos ao lado da liberdade, da dignidade humana, da democracia? Ou nos perderemos em alianças que negam nossa história e nossos princípios?
Quando falo em mudança, refiro-me à repetição de padrões que atravessam os séculos. No passado, gladiadores lutavam até a morte sob os aplausos de imperadores que gritavam: “Eu não sou piedoso!” — e o povo vibrava. Hoje, vibramos diante de espetáculos de violência disfarçados de esporte, e aplaudimos condenações políticas como se fossem troféus. Gritamos “soberania!”, mas esquecemos que soberania sem responsabilidade é apenas orgulho vazio.
Quando a credibilidade da justiça não caminha com os que a admiram, é hora de se posicionar. É hora de pensar nos nossos filhos, netos — ou eles serão devorados nos coliseus do futuro, que chamamos de soberania e democracia, mas que condenam inocentes enquanto gritam: “Somos piedosos!”
De que lado está o Brasil? Do lado da justiça ou da conveniência? Da liberdade ou da omissão? Da paz ou da indiferença?
Esta carta não é um ataque. É um chamado. Um chamado à lucidez, à responsabilidade e à coragem. Que o Brasil não se cale. Que o povo brasileiro desperte. Que as nações se lembrem: a paz não é passiva — ela exige posicionamento.
E se hoje fosse a Segunda Guerra Mundial, de que lado estaria o nosso governo? Estaríamos ao lado dos americanos ou dos nazistas? Convido todos a esse desafio: refletir sobre onde estão nossos líderes, nossos juízes, nosso povo — que grita por autoritarismo e barganha interesses.