
“Tudo o que fizemos até aqui foram com recursos próprios, dos cofres municipais. Começamos a trabalhar desde o início e estamos nos esforçando para dar o mínimo de trabalho aos governos estadual e federal”.
De acordo com o prefeito, que se reuniu nesta manhã com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os recursos federais devem chegar em breve, para ajudar nos meses vindouros.
“Ainda enfrentaremos muitos problemas. Mas, hoje, cai uma chuva torrencial em Manaus, graças a Deus. E acreditamos que seja o prenúncio para o início da cheia dos rios”.
Queimadas
Em setembro deste ano, foram detectados 6.992 focos de incêndio no Amazonas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desse total, 99,6% foram originados em municípios da Região Metropolitana e do Sul do Estado. Esses números também foram citados pelo prefeito durante a entrevista, para reforçar que a densa fumaça que encobriu a capital nos últimos dias, deixando o ar poluído, não teve origem em Manaus.
“Trabalhamos a consciência ambiental de forma preventiva, sobretudo, junto às comunidades rurais. Desde junho, estamos realizando campanhas educativas. Já adiamos uma maratona internacional, que aconteceria neste final de semana, e reduzimos para um dia os tradicionais eventos festivos que antecedem o aniversário de Manaus. Tudo por conta da péssima qualidade do ar e para preservar a saúde de todos”, frisou o chefe do Executivo municipal.
Com as chuvas recentes e a diminuição das queimadas, sobretudo, pelas intensas fiscalizações, autuações e até detenções, ele espera que a região volte em breve à normalidade.
E destacou ainda que em 2021, ano em que assumiu a prefeitura, enfrentou a maior enchente da história e que agora enfrenta a maior seca, junto a graves problemas com fumaça, proveniente de queimadas do interior.
“Vou mais além: no início deste ano, quando tratávamos de uma grande cheia, o Sul do país convivia com a seca. Hoje, somos nós convivendo com a maior estiagem e o Sul sofrendo com alagamentos. Isso tudo ocorre em função das mudanças climáticas. Temos que discutir bastante essa questão ambiental, prevendo ações alternativas, para que não venhamos a sofrer ainda mais no futuro”, concluiu.
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Texto – Cristiane Silveira / Semcom
Fotos – Arquivo / Semcom e Semasc
Disponíveis em – https://flic.kr/p/2p7p1gr
https://flic.kr/s/aHBqjAYE54, https://flic.kr/p/2p8CJet